Com o objetivo de conscientizar profissionais da saúde e população, a
Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo, através do Programa de Controle
Municipal de Hanseníase, celebrará na próxima quarta-feira (5), o Dia Estadual
de Prevenção e Combate à Hanseníase. Visando combater o estigma da doença, o
Programa busca mobilizar a todos para as vantagens do diagnóstico de casos
precoces. Devido ao período pandêmico, as ações este ano serão voltadas às
mídias sociais. Vídeos de conscientização, uma live e um seminário online farão
parte das ações do Programa que deseja alertar a população, já que São Gonçalo
é o segundo município do Estado com mais casos da doença, tendo no ano de 2019
diagnosticados 53 novos casos.
Segundo a coordenadora do Programa de Controle Municipal de Hanseníase,
a enfermeira Mariana Lattanzi, a data é importante para conscientização da
população, já que muitos desconhecem os sintomas, os agravamentos que podem ser
causados e a forma de tratamento. “Mesmo no período da pandemia, a data é um
ótimo incentivo para divulgação da doença. É muito importante o diagnóstico
precoce, pois a doença quando diagnosticada tardiamente pode causar sequelas
irreversíveis, causando incapacidades ao paciente. Quanto mais cedo iniciado o
tratamento, menores são as complicações”, explica a coordenadora.
Antigamente conhecida como Lepra, a Hanseníase, doença
infectocontagiosa causada pelo Bacilo de Hansen, afeta os nervos e a pele do
corpo humano. Transmitida pelas secreções das vias aéreas superiores (tosse e
espirro) e por gotículas de saliva, seus sintomas mais comuns são manchas
brancas ou vermelhas em alguma área do corpo com falta de sensibilidade como se
o local estivesse anestesiado. Em caso de suspeita, procurar atendimento médico
o mais breve possível. É importante destacar que, uma vez iniciado o
tratamento, no primeiro mês o paciente já deixa de ser transmissor. Em São
Gonçalo, o Programa de Controle Municipal de Hanseníase oferece diagnóstico e
tratamento gratuito. O município possui três unidades de referência que estão
atendendo casos da doença normalmente: Polo Sanitário Hélio Cruz, em Alcântara;
Polo Sanitário Washington Luiz, no Zé Garoto e Polo Sanitário Rio do Ouro. Os
locais contam com uma equipe multiprofissional composta por dermatologistas,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social e fisioterapeuta. O
atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. “Além das
unidades especializadas, todas as Unidades Básicas de Saúde possuem
profissionais capacitados para realizar avaliação clínica em pacientes com
sinais e sintomas relacionados à Hanseníase. E, caso haja suspeita da doença, o
paciente é encaminhado ao Programa de Hanseníase da unidade de referência mais
próxima da sua residência”, diz Mariana Lattanzi. A hanseníase tem cura. O
paciente diagnosticado será acompanhado com medicação supervisionada, fornecida
pela unidade de saúde mais próxima de sua residência. O tratamento dura entre
seis meses a um ano, dependendo da forma da doença.
SERVIÇO:
Live-Palestra Pelo Dia Estadual de Conscientização sobre a Hanseníase
no Rio de Janeiro.
Tema: Hanseníase e o papel do Agente de Saúde – Atualizações em tempo
de Covid-19
Data: 05/08 (quarta-feira)
Hora: 17h
Palestrante: Egon Daxbacher – Sociedade Brasileira de Dermatologia –
ABD/RJ
Transmissão: Facebook.com/Morhan.Nacional
Youtube.com/MorhanComunicação
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