Os serviços voltados às pessoas em situação de rua em São
Gonçalo foram ampliados com a abertura de uma unidade fixa de atendimento do
programa Consultório na Rua e do Centro de Acolhimento Social Gonçalense, no
bairro Vista Alegre. Atualmente com 900 pacientes cadastrados, as equipes do
Consultório na Rua atuam diariamente realizando atendimentos itinerantes, dando
assistência aos moradores em situação de rua e usuários de drogas, oferecendo
cuidados em saúde, levando para consultas médicas e serviços de emergência. Com
a ampliação do atendimento, que agora atende até às 22h, os pacientes terão
como apoio, o Centro de Acolhimento, que conta com alojamentos, com condições
para o paciente com comorbidades de saúde se restabelecer. "Estamos
falando de humanização para a sociedade. É uma nova fase do projeto que traz
mais dignidade para atender essa população tão fragilizada. No início do ano o
projeto recebeu uma van para deslocamento dos profissionais. Hoje essa extensão
do projeto traz condições de fazer a continuidade do tratamento de forma mais
qualificada", explica a subsecretária de Saúde, Maria Auxiliadora
Rodrigues. O serviço funciona em conjunto entre as secretarias de Saúde e
Desenvolvimento Social. "Este equipamento representa o compromisso do
prefeito José Luiz Nanci na garantia de direitos e proteção dessa parcela da
nossa população. O trabalho integrado e comprometido das secretarias de
Desenvolvimento Social e Saúde vai garantir qualidade no atendimento dos nossos
usuários", afirma Maria Bethânia Raulino Marques, secretária de
Desenvolvimento Social. O serviço itinerante continua sendo realizado em
bairros como Nova Cidade, Mutondo, Trindade, Centro, Rio do Ouro, Neves, Rocha,
Vila Três, Alcântara e Zé Garoto. Com foco no atendimento de doenças como
tuberculose, alcoolismo e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), o
programa já realizou mais de 10 mil atendimentos. Entre as atividades de rotina
realizadas pela equipe estão a aferição da pressão arterial, teste de glicose e
marcação de consultas para atendimento com psicólogos, clínicos gerais,
dentistas, cardiologistas, entre outras especialidades. Composta por médicos,
enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e técnicos de enfermagem, a equipe
circula por todo o município atendendo de segunda a sexta-feira. “A realidade
dos moradores em situação de rua é a luta diária contra a violência e fome. O
fato de conseguirem sobreviver à noite e se alimentarem é o que norteia o
pensamento deles. Somos a porta de entrada dessas pessoas ao atendimento
médico. Muitos apresentam doenças de pele e machucados. Sozinhos não iriam a
uma unidade de saúde por medo do preconceito”, explica a coordenadora do
projeto, Lidiane Salles.
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